Projeto do Cemaden em escolas é reconhecido pela convenção da ONU sobre o clima.
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Reconhecido como prática inspiradora pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, sigla em inglês), o projeto Cemaden Educação foi indicado como referência de boas práticas a ser implementada na formação e na sensibilização de educação em nível nacional. A iniciativa foi implantada, em 2014, pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI).
A publicação da UNFCCC aponta os focos do projeto Cemaden Educação relacionados ao artigo 6º da Convenção, que prevê o acesso dos países à elaboração e à execução de programas de educação e a participação pública no tratamento da mudança do clima. Nesse contexto, o projeto Cemaden Educação atua em fase piloto em três escolas estaduais de ensino médio, localizadas em cidades com áreas de riscos de desastres socioambientais: Cunha, Ubatuba e São Luiz do Paraitinga, no Estado de São Paulo. O objetivo é tornar cada escola participante um “Cemaden microlocal”, ao incentivar os estudantes a desenvolver pesquisas, monitorar o clima, produzir e compartilhar seus conhecimentos, entender e emitir alertas de desastres, bem como fazer a gestão participativa de intervenções com suas comunidades.
O site das Nações Unidas destaca três pontos do projeto: a ciência cidadã, que envolve coleta de dados e o envio ao Cemaden, por meio de aplicativo para celulares; a construção de uma rede de proteção social e de prevenção de desastres com a comunidade escolar; e o compartilhamento de informações, por meio de um sistema colaborativo (crowdsourcing) entre as escolas participantes. Tudo isso é possível com a utilização criativa das novas tecnologias de informação e comunicação.
O Cemaden Educação conta com o apoio e a participação das prefeituras municipais, da Defesa Civil e de organizações não governamentais (ONGs) em cada município. Com a proposta de expandir para escolas do Brasil todo, o Cemaden desenvolve um curso de educação a distância em parceria com a Faculdade de Engenharia Ambiental da Universidade do Estado de São Paulo (Unesp), por meio do programa de extensão da instituição.
Fonte: Cemaden