Alunos de escola estadual visitam a Sala de Situação do Cemaden e o Parque Tecnológico.
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Composta por 22 alunos, dois professores do ensino médio da Escola Estadual Monsenhor Ignácio Gióia e dois membros da Defesa Civil do município de São Luiz do Paraitinga (SP), a comitiva visitou nesta segunda-feira (26) as instalações do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP), conhecendo a Sala de Situação, onde ocorre o monitoramento e a emissão de alertas de desastres naturais.
A comitiva foi recepcionada pela coordenadora de Relações Institucionais da instituição ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Regina Alvalá. Ela fez a apresentação institucional do Cemaden, mostrando todos os projetos de pesquisa, a rede observacional e como se processa o monitoramento dos 957 municípios classificados como áreas vulneráveis a risco de desastres naturais.
Desde 2014, a escola estadual de São Luiz do Paraitinga é uma das que participa do projeto piloto Cemaden Educação. Além dessa cidade, a empreitada também é desenvolvida nos municípios paulistas de Cunha e Ubatuba, contando com a parceria dos professores, diretores das escolas, da Defesa Civil Municipal, da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp -Faculdade de Engenharia Ambiental) e comunidades locais. Desenvolvem atividades e práticas de resiliência, adaptação e prevenção de riscos de desastres naturais, realizando pesquisas, compartilhamento de conhecimentos e utilizam ferramentas que envolvem ciência e novas tecnologias.
Além de conhecer o Cemaden, os estudantes visitaram empresas no Parque Tecnológico de São José dos Campos e a incubadora empresarial, adquirindo informações sobre os últimos avanços no desenvolvimento da inovação e sustentabilidade ambiental. Na parte da tarde, participaram de Oficina sobre vulnerabilidade a risco de desastres na escola, acompanhados por pesquisadores do Cemaden, professores e bolsistas do Curso de Engenharia Ambiental da Unesp.
“Visitando a Sala de Situação e entendendo como funciona, pude constatar a importância da criação do Cemaden para o trabalho de monitoramento, prevenção e alerta de riscos de desastres naturais.”, afirma o estudante do 3º ano do ensino médio, Lucas José Ribeiro. Sobre a Oficina sobre Vulnerabilidade – a qual deu oportunidade para as discussões sobre a identificação dos riscos de desastres naturais na escola e no município – considerou ter sido importante para preparar as atividades de conscientização e o compartilhamento dos conhecimentos junto às comunidades nas áreas de risco.
O vice-diretor da escola, Daniel Messias dos Santos, considera o Cemaden Educação uma inovação dentro do projeto educacional. Explica que o projeto permite a observação ambiental com um olhar científico e tecnológico, além do envolvimento e integração dos alunos para levar os conhecimentos para fora da escola. “A proposta de propagar os conhecimentos e informações gerados dentro da escola, cria um compromisso e responsabilidade dos jovens para o trabalho de conscientização junto a sua comunidade.”
No final do mês de novembro, entre os dias 26 e 27, está prevista uma programação com várias atividades da escola em parceria à comunidade local, com foco na mitigação ou redução dos riscos de desastres naturais.
Projeto Cemaden Educação
Reconhecido como prática inspiradora pela Convenção – Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, sigla em inglês), o projeto Cemaden Educação – implantado, em 2014, foi indicado como referência de boas práticas a ser implementada na formação e sensibilização de Educação em nível nacional.
O site das Nações Unidas destacou três pontos importantes do projeto: a ciência cidadã, que envolve coleta de dados e o envio ao Cemaden, por meio de aplicativo para celulares, a construção de uma rede de proteção social e de prevenção de desastres com a comunidade escolar, além do compartilhamento de informações, por meio de um sistema colaborativo (crowdsourcing) entre as escolas participantes. Tudo isso é possível com a utilização criativa das novas tecnologias de informação e comunicação.
O objetivo do projeto é tornar cada escola participante um Cemaden microlocal, ao incentivar os estudantes a desenvolver pesquisas, monitorar o clima, produzir e compartilhar seus conhecimentos, entender e emitir alertas de desastres, bem como fazer a gestão participativa de intervenções nas suas comunidades. O Cemaden tem metas definidas para a expansão do projeto nas escolas estaduais de todo o País, nos municípios classificados como vulneráveis a riscos de desastres naturais.
Fonte: Cemaden