Relatório Síntese do Sexto Relatório de Avaliação do IPCC
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Esta tradução do Relatório Síntese do Sexto Relatório de Avaliação do IPCC não é uma tradução oficial do IPCC. Foi realizada pelo Governo
do Brasil e pelo Pacto Global da ONU no Brasil com o objetivo de refletir da forma mais precisa a linguagem usada no texto original
O Sexto Relatório de Avaliação (AR6) do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) é a síntese da avaliação mais abrangente da mudança do clima realizada até o momento.
Dentre alguns pontos, destaca como situação atual e tendências futuras:
✔ As atividades humanas, principalmente através das emissões de gases de efeito estufa, inequivocamente causaram o aquecimento global, com a temperatura da superfície global atingindo um valor 1,1ºC mais alto entre 2011-2020 do que no período de 1850-1900.
✔ A temperatura da superfície global aumentou mais rapidamente desde 1970 que comparado a qualquer outro período de 50 anos, pelo menos nos últimos 2000 anos.
✔ A mudança do clima causada pelo homem já está provocando muitos extremos climáticos e meteorológicos em todas as regiões do mundo. Isto vem resultando em impactos adversos generalizados, e perdas e danos relacionados, à natureza e às pessoas.
✔ As comunidades vulneráveis que menos contribuíram historicamente para a mudança atual do clima são afetadas de forma desproporcional.
✔ Em todas as regiões, a ocorrência de doenças relacionadas ao clima transmitida por alimentos e água (confiança muito alta) e a incidência de doenças transmitidas por vetores aumentaram.
✔ Nas áreas urbanas, a mudança do clima tem causado impactos adversos na saúde humana, nos meios de subsistência e na infraestrutura essencial.
✔ Cada incremento do aquecimento global intensificará riscos múltiplos e simultâneos e os extremos se tornam mais generalizados e pronunciados.
✔ Os riscos e os impactos adversos projetados e as perdas e danos relacionados às mudanças do clima aumentam a cada incremento do aquecimento global – os riscos climáticos e não climáticos vão interagir cada vez mais, criando riscos compostos e em cascata, mais complexos e difíceis de gerenciar.
✔ À medida que os níveis de aquecimento sobrem, aumentam também os riscos de extinção de espécies ou perda irreversível da biodiversidade em ecossistemas incluindo florestas, recifes de corais e nas regiões árticas.
Sobre a criação de Políticas Públicas e Planos de Mitigação Climática:
✔ As opções de adaptação viáveis e eficazes hoje se tornarão limitadas e menos eficazes com o aumento do aquecimento global – a implementação acelerada de respostas de adaptação trará benefícios ao bem-estar humano, particularmente para reduzir as lacunas de adaptação.
✔ O desenvolvimento resiliente ao clima é possível quando os governos, a sociedade civil e o setor privado fazem escolhas de desenvolvimento inclusivas que priorizam a redução de riscos, equidade e justiça, e quando os processos de tomada de decisão, financiamento e ações são integrados em todos os níveis de governança, setores e horizontes temporais.
✔ Ações que priorizam a equidade, justiça climática, justiça social e inclusão levam a resultados mais sustentáveis, cobenefícios e avançam no desenvolvimento resiliente do clima.
Vale a leitura completa! Fonte do texto: Linkedin de Gisele Victor Batista.
Referência: PAINEL INTERGOVERNAMENTAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA. Mudança do Clima 2023 – Relatório Síntese. ONU, Governo do Brasil e pelo Pacto Global da ONU no Brasil, 2023.