A tragédia socioambiental que, recentemente, atingiu o RS afetou, especialmente, as populações mais vulneráveis, trazendo muito sofrimento às crianças, jovens e suas famílias.
Acompanhamos, de todos os lugares do Brasil, com profunda tristeza, o que vem acontecendo com a população atingida, que busca reconstruir o que se perdeu, desde os bens materiais até os ambientes que outrora representavam espaços seguros de encontro e de acolhimento, como as escolas. Muitas escolas hoje servem de abrigo e outras estão praticamente destruídas.


A solidariedade, a empatia, o compromisso com o retorno e a religação das pessoas aos seus locais de pertencimento, convocou-nos a criar uma Rede de Solidariedade composta por educadores/as, de diferentes regiões do país, visando colaborar com a reconstrução e a reapropriação das escolas, de forma integral, pelos que a fazem cotidianamente: estudantes, educadores, serviços públicos e territórios locais. Algumas ações são urgentes como a reconstrução física desses espaços educativos ou a limpeza profunda que permita sua retomada. Outras se darão a médio e longo prazo, considerando o tempo de implementação de políticas mitigadoras e estruturais, diante do fato de que as mudanças climáticas e prováveis episódios drásticos dessa natureza, serão cada vez mais presentes em nosso dia-a-dia. Isso exige que pensemos no nosso modo de habitar o planeta e que as escolas, pensem curricularmente esse tema e trabalhem para reorganizar/verdejar seus espaços físicos.

Iniciamos as ações dessa Rede construindo diálogos com escolas atingidas e organizando escolas/redes de ensino parceiras, localizadas em variadas regiões do país, que abrirão espaços virtuais de escuta e acolhimento e promoverão, emergencialmente, campanhas para arrecadação de itens apontados pelas escolas atingidas, para reconstrução de seus projetos pedagógicos.

A ideia central refere-se ao diálogo entre as escolas, sendo importante a comunicação entre os estudantes, por meio de variadas expressões (escrita com bilhetes, cartas), artísticas (poesias, audiovisual, artes plásticas, musical, etc) ou outras maneiras de interlocução possíveis. Outras reconstruções serão necessárias como a criação de ambientes culturais e afetivos, voltados às populações atingidas, de modo a compreender seus sentimentos, suas necessidades e as formas possíveis de atendimento e cuidados para a minimização e a ressignificação dessa situação. As pessoas que voltarão para as escolas não serão as mesmas e todos/todas temos muito a aprender com toda esta situação.

Entendemos que, como diz a música, vamos precisar de todo mundo e, por isso, convidamos a quem puder estar junto nesse esforço com o compromisso coletivo de reconstrução humana e pedagógica das escolas do RS, dilaceradas por essa tragédia socioambiental.
HÁ-BRAÇOS!!

Carta de apresentação da Rede publicada e divulgada nas redes sociais desde 11 de junho de 2024.

Rede Há-Braços

Participe dessa iniciativa para ajudar na reconstrução das escolas atingidas pela tragédia socioambiental no Rio Grande do Sul. A professora Jaqueline Moll apresenta a Rede e convida todos a colaborar com o compromisso coletivo de reconstrução humana e pedagógica.

Envie seu apoio! Juntos podemos fazer a diferença!

📧 Contato: redehabracos@solidariedade.com

Mais informações aqui.