Arquivo Glossario - Página 4 de 11 - Cemaden Educação

A

  • Alerta

    Informação compreensível e antecipada, elaborada por órgão público competente, que indica quando as condições deflagradoras de uma dada ameaça ultrapassam um nível crítico, havendo, portanto, alta probabilidade do desastre ocorrer em um tempo futuro não muito distante. A finalidade do alerta é subsidiar a preparação antecipada das instituições, organizações e pessoas, a fim de reduzir os danos e perdas em desastres. (GIDES, 2018).

  • Ações de Avaliação e Mapeamento de Riscos

    As ações de Avaliação e Mapeamento de Riscos são utilizadas para identificar e dimensionar quais são os riscos mais relevantes a que uma comunidade está exposta, para, então, direcionar as prioridades para a implantação de medidas de redução de riscos de desastres. (Defesa Civil do Estado de Santa Catarina, 2020).

  • Ações de preparação

    De acordo com o inciso III, do art. 2°, do Decreto n° 10.593, de 24 de dezembro de 2020, essas ações são: “medidas prioritárias destinadas a evitar a conversão de risco em desastre” (BRASIL, 2020). O principal objetivo dessas ações é desenvolver capacidades necessárias para melhor responder e recuperar-se dos desastres e seus impactos. Exemplos de atividades de preparação: estabelecimento de acordos e diretrizes; preparação de equipes e suprimentos; atividades de capacitação e treinamento; planejamento de contingências; realização de exercícios simulados.

  • Ações de mitigação

    De acordo com o inciso I, do art. 2°, do Decreto n° 10.593, de 24 de dezembro de 2020, ações de prevenção são: “medidas destinadas a reduzir ou limitar de alguma forma o risco de desastre” (BRASIL, 2020).

  • Ações de prevenção

    De acordo com o inciso III, do art. 2°, do Decreto n° 10.593, de 24 de dezembro de 2020, as ações de prevenção são: “medidas prioritárias destinadas a evitar a conversão de risco em desastre” (BRASIL, 2020). Observe que as ações de prevenção buscam evitar por completo os impactos negativos de um desastre mediante o planejamento e a realização de obras preventivas. Exemplos de ações de prevenção: Muro de arrimo (parede de contenção) para evitar o risco de erosão e deslizamento de construções ou encostas pela ação da água da chuva. Obras de controle de sistemas fluviais para evitar prejuízos de inundações; regulamentação de uso do solo para não permitir a construção de moradias em áreas de risco.

    No entanto, como nem sempre a prevenção é possível, empregamos também o conceito de mitigação, que representa uma ação de limitação (diminuição) dos impactos adversos decorrentes dos desastres.

     As ações de prevenção precisam ser articuladas às políticas públicas de desenvolvimento social, meio ambiente, planejamento e ordenamento territorial, uso e ocupação do solo, habitação e assistência social. A prevenção deve considerar diferentes ameaças naturais e tecnológicas, a fim de evitar que situações de risco de desastre se instalem.
    Dentre as ações de prevenção, incluem-se: planos de ordenamento territorial, adaptação baseada em ecossistemas, aplicação de códigos de construção para edificações sustentáveis e resilientes, realização de campanhas educativas voltadas à prevenção, dentre outros aspectos.

    Fonte: GLOSSÁRIO TRANSDISCIPLINAR, MARCHEZINI, 2024.

  • Adaptação

    No Brasil, a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) define adaptação como as “iniciativas e medidas para reduzir a vulnerabilidade dos sistemas naturais e humanos frente aos efeitos atuais e esperados da mudança do clima”

  • Aquecimento global

    AQUECIMENTO GLOBAL se “refere ao aumento da temperatura média do sistema terrestre que ocorre em função do aumento da concentração de gases do efeito estufa em nossa atmosfera” (IAG, 2021) por consequência, principalmente, da intensificação das atividades humanas.

  • Adaptação à Mudança Climática

    Trata-se de um ajuste nos sistemas naturais ou humanos como resposta aos estímulos climáticos reais ou esperados, os seus efeitos os quais moderam os danos ou exploram as oportunidades benéficas. Temos vários tipos de adaptação: preventiva, reativa, pública e privada, ou autônoma e planejada (United Nations Office for Disaster Risk Reduction – UNDRR, 2009).

  • Ameaça

    Um processo, fenômeno ou atividade humana que pode causar perda de vidas, lesões ou outros impactos na saúde, danos materiais, perturbações sociais e econômicas, ou degradação ambiental.

    As ameaças podem ser de origem natural, antropogênica ou socionatural. As ameaças naturais estão predominantemente associadas a processos e fenômenos naturais. Já as ameaças antropogênicas são induzidas, total ou pre- dominantemente, pelas atividades e decisões humanas. Este termo não inclui a ocorrência ou risco de conflitos armados e outras situações de instabilidade ou tensão social que estejam sujeitas à legislação nacional e ao direito humanitário internacional. Várias ameaças são socionaturais, na medida em que estão associadas a uma combinação de fatores naturais e antropogênicos, incluindo a degradação ambiental e as alterações climáticas. Cada ameaça é caracterizada pela sua localização, intensidade ou magnitude, frequência e probabilidade. As ameaças biológicas também são definidas pela sua infecciosidade ou toxicidade, além de outras características do agente patogênico, tais como resposta à dose, período de incubação, taxa de letalidade e estimativa do agente patogênico para transmissão. O Marco de Sendai para a Redução
    do Risco de Desastres (2015-2030) lista uma série de ameaças:

    Ameaças Biológicas: As ameaças biológicas são de origem orgânica ou transmitidas por vetores biológicos, incluindo microrganismos patogênicos, toxinas e substâncias bioativas. Alguns exemplos são bactérias, vírus ou parasitas, bem como animais selvagens; insetos e plantas venenosos; e plantas e mosquitos portadores de agentes causadores de doenças.

    Ameaças Ambientais: As ameaças ambientais incluem riscos químicos, naturais e biológicos. Podem ser criadas pela de- gradação ambiental e pela poluição física ou química do ar, da água e do solo. No entanto, muitos processos e fenômenos que se enquadram nesta categoria podem ser denominados como fatores de perigo e risco, ao invés de perigos em si,
    como é o caso da degradação do solo, da perda de biodiversidade, da salinização e aumento do nível do mar.
    Ameaças Geológicas ou Geofísicas: As ameaças geológicas ou geofísicas originam-se de processos internos da Terra. Os exemplos são os terremotos, atividades e emissões vulcânicas e processos geofísicos relacionados, como deslizamentos de terra e de rochas, colapsos de superfície e fluxos de detritos ou lama. Os tsunamis são difíceis de categorizar: embora sejam desencadeados por terremotos submarinos e outros eventos geológicos, tornam-se essencialmente um processo oceânico que se manifesta como uma ameaça relacionada às águas costeiras.

    Fonte: Glossário Transdisciplinar, MARCHEZINI, 2024.

  • Alagamento

    Alagamento: Acúmulo momentâneo de águas em determinados locais por deficiência no sistema de drenagem. Fonte: GLOSSÁRIO TRANSDISCIPLINAR, MARCHEZINI, 2024.

  • Áreas de Risco

    Áreas de risco são locais nos quais não recomenda-se a construção de casas ou instalações, devido à alta exposição a ameaças, tais como inundações e deslizamentos.

    A exposição pode incluir um número de pessoas, edificações ou veículos em uma área sujeita a ameaças. Em alguns casos, é também combinada à vulnerabilidade específica e à capacidade dos elementos expostos a qualquer ameaça, a fim de identificar situações ou cenários de risco. (Glossário Transdisciplinar, MARCHEZINI, 2024.

    Local vulnerável onde existe a probabilidade de ocorrência de eventos adversos.  (BRASIL. Ministério da Integração Nacional. 2012).

    Risco costuma vir associado ao risco de desastre ou área de risco. Áreas de risco são locais nos quais a chance de sofrer um desastre é maior, devido à sua proximidade com rios e/ou barrancos, encostas e morros, principal- mente se estiverem sem vegetação. Ou seja, em áreas de risco as chances de desastre são maiores. MARCHEZINI, 2024.

B

  • Bacia Escola

    A Bacia Escola pode ser entendida como “uma tecnologia social que adota uma bacia ou sistema hidrográfico em busca da sustentabilidade e resiliência a desastres por meio da gestão ambiental participativa integrando ciência cidadã, educação ambiental e hidro-solidariedade”. (SATO , 2022). Para saber mais acesse http://www.baciaescola.eco.br/

  • Bacia Hidrográfica

    Área geográfica que abrange um conjunto de cursos d’água interligados (rio principal, seus afluentes, igarapés, nascentes e foz). A bacia é delimitada por divisores de água, áreas altas do relevo (montanhas e serras), em cujo interior se forma um caminho por onde a água corre até os pontos mais baixos.

C

  • Capacidade adaptativa às mudanças climáticas

    “O conjunto de capacidades, recursos e instituições de um país ou região para implementar medidas de adaptação eficazes”. (IPCC, 2007).

    A capacidade de adaptação humana às mudanças climáticas não é ilimitada. Esse limite, aliás, já está sendo testado em diferentes locais do planeta. Em 2022, cerca de 1,6 bilhão de pessoas enfrentavam adversidades nessas áreas, que têm maior probabilidade de sofrer os efeitos adversos causados pelas mudanças climáticas. Esse número de atingidos deve dobrar até 2050. A mortalidade nesses lugares mais sensíveis às alterações do clima é 15 vezes maior do que nos países menos vulneráveis a esses efeitos. Caso o planeta aqueça além do limite de 1,5°C definido no Acordo de Paris, ainda mais dramática ficará essa situação. (Relatório “10 New Insights in Climate Science 2022. Disponível em: https://zenodo.org/records/7228926)

  • Conscientização

    Tomada de conhecimento e compreensão sobre os fatores de risco associados a desastres e as ações que podem ser realizadas individual e coletivamente para reduzir a exposição e vulnerabilidade às ameaças (UNDRR, 2009).

  • Ciência Cidadã

    A ciência cidadã consiste na parceria entre amadores e cientistas na coleta de dados para a pesquisa científica, utilizando metodologias participativas desenvolvidas por cidadãos ou em colaboração com pesquisadores profissionais para ampliar a participação do público na gestão ambiental, onde qualquer pessoa em qualquer lugar pode submeter as suas informações através de internet mediante aplicativos e celulares. Uma ferramenta científica eficiente, que gera muitos dados com pouco investimento (SiBBr – Sistema de Informação sobre a Biodiversidade brasileira).

  • Catástrofe

    Uma situação de desastre de grande magnitude, com grave interrupção do funcionamento de uma comunidade ou sociedade em qualquer escala, devido aos eventos perigosos que interagem com as condições de exposição, vulnerabilidade e capacidade, e pode resultar em impactos e perdas humanas, materiais, econômicas e ambientais (United Nations Office for Disaster Risk Reduction – UNDRR 2016).

  • Capacidades

    Combinação de todas as fortalezas, os atributos e os recursos disponíveis dentro de uma organização, comunidade ou sociedade que podem ser utilizados para manejar e reduzir os riscos de desastres e reforçar a resiliência. Pode abranger infraestrutura, instituições, conhecimentos e habilidades humanas, assim como atributos coletivos como as relações sociais, a liderança e a gestão (United Nations Office for Disaster Risk Reduction – UNDRR, 2016).

    Combinação de forças, habilidades, conhecimentos e recursos materiais e imateriais disponíveis em uma organização, comunidade e/ou sociedade para atuar antes, durante e depois de desastres. As capacidades podem ser individuais ou coletivas, englobando associações comunitárias, movimentos sociais, órgãos públicos ou privados. Tanto recursos humanos, materiais e econômicos quanto conhecimentos, habilidades, motivação, liderança, organização, mobilização, profissionalismo, cuidado, ética, sabedoria, respeito, conscientização, aprendizagem contínua, engajamento e solidariedade podem ser considerados como capacidades. GLOSSÁRIO TRANSDISCIPLINAR, MARCHEZINI, 2024)

  • Canais de Drenagem

    Na bacia hidrográfica existem encostas, fundos de vales, além de uma rede de canais de drenagem, representada pelo conjunto de rios, córregos e até mesmo os popularmente conhecidos valões. As encostas e fundos de vale interagem diretamente com os canais de drenagem, produzindo fluxos d’água que influenciam na quantidade e qualidade da água nos canais (GONZALEZ, M. C., 2014).

  • Cartografia Social

    Metodologia participativa que utiliza as bases cartográficas (mapas, imagens de satélite, cartas, croquis) no registro de vivências e percepções das pessoas a respeito do lugar onde vivem.

  • Clima

    Configuração de um conjunto permanente de dados, médias e tempos meteorológicos ao longo de um determinado período em uma localidade. (MARENGO, 2006).

D

  • Deslizamentos de Terra, Escorregamentos, Movimentos de Massa

    Movimentos rápidos de solo e/ou rocha, com volumes bem definidos e que se deslocam pela ação da gravi- dade para as áreas mais baixas e externas da encosta (vertente). Um dos componentes que contribui para a ocorrência de deslizamentos é a água, que se infiltra no solo e o modifica, criando as condições para a ocorrência dos deslizamentos.
    Outros componentes que podem contribuir para a ocorrência dos deslizamentos são os lançamentos de lixo e de água (canos com vazamentos) diretamente nas encostas (vertentes). Alguns sinais podem ser observados quando da iminên cia de ocorrência dos deslizamentos: trincas na casa, formação de degraus no solo, inclinação de muros, árvores e postes, estalos (barulhos) nas rochas e paredes embarrigadas (SANTORO; SOUZA, 2015; TOMINAGA et al., 2015). Existem diferentes tipos de deslizamentos, como translacional, rotacional (circular) e cunha.

    Definição Popular: Deslizamento, escorregamento, quedas de barreira e barranco podem ser entendidos como sinônimos, constituindo-se em um dos diferentes tipos de processos dos movimentos de massa. Movimentos de massa são osmovimentos do solo, rocha e/ou vegetação ao longo da vertente (encosta, talude, barranco) sob ação direta da gravidade.
    A contribuição de outro meio, como água ou gelo, para o deslizamento se dá pela redução da resistência dos materiais de vertente e/ou pela indução do comportamento plástico e fluido dos solos. (TOMINAGA et al., 2015).

    Rastejos: Movimentos lentos e contínuos de encostas (vertentes) com limites indefinidos, envolvendo grande volume de material. Podem ser facilmente identificados, pois é possível observar o material em movimento e o estático (não movimentado) (AUGUSTO FILHO, 1992; AMARAL; GUTJAHR, 2015; TOMINAGA et al., 2015). Os rastejos são também observados por meio de indicativos (sinais), como árvores, cercas, muros, postes inclinados e paredes embarrigadas.

    Quedas e Rolamento de Blocos: Movimentos do tipo queda livre de material rochoso ou em plano inclinado (lascas, plac- as e blocos), com velocidades muito altas, envolvendo pequeno a médio volume de material. São processos que ocorrem devido à variação térmica do maciço (aglomerado de rocha), perda de sustentação dos blocos pela ação erosiva da água e vibrações. (AUGUSTO FILHO, 1992; AMARAL; GUTJAHR, 2015; SANTORO; SOUZA, 2015; TOMINAGA et al., 2015). Podem ser identificados por barulhos.

    Corridas (fluxos): Escoamento de caráter hidrodinâmico, ocasionado pela ocorrência de um deslizamento, carregando grande aporte de material proveniente das encostas (árvores, rocha e solo). Quando alcançam a rede de drenagem (rios), com velocidades médias a altas, podem percorrer grandes distâncias, mesmo em áreas planas. (AUGUSTO FILHO, 1992;
    AMARAL; TOMINAGA et al., 2015). Sinais possíveis de serem observados: barulhos, aumento no volume de água (aumento no nível do rio), alteração na coloração da água (água mais barrenta, suja de material sedimentar).

    Fonte: GLOSSÁRIO TRANSDISCIPLINAR, MARCHEZINI, 2024.

  • Desastres Tecnológicos

    Eventos associados ao impacto de tecnologias ou indústrias que podem causar perda de vidas, danos a propriedades, impactos socioeconômicos e degradação ambiental (National Research Council, 1999).

  • Degradação Ambiental

    A diminuição da capacidade do meio ambiente de responder às necessidades e finalidades sociais e ecológicas (UNISDR, 2009).

  • Desastre

    Uma perturbação grave do funcionamento de uma comunidade ou de uma sociedade. Pode ocorrer em qualquer escala, devido a ameaças que interagem com condições de exposição, vulnerabilidade e capacidade. Além disso, é capaz de levar a um ou mais dos seguintes resultados: perdas e impactos humanos, materiais, econômicos e ambientais.

    O efeito do desastre pode ser imediato e localizado, mas é frequentemente generalizado, sendo possível que dure por um longo período. Pode também testar ou exceder a capacidade de uma comunidade ou sociedade para lidar com a situação a partir de seus próprios recursos, o que eventualmente exige assistência externa. (GLOSSÁRIO TRANSDISCIPLINAR, MARCHEZINI, 2024)

  • Defesa Civil

    Conjunto de ações preventivas, de socorro, assistenciais e recuperativas destinadas a evitar desastres e minimizar seus impactos para a população e restabelecer a normalidade social. (BRASIL. Ministério da Integração Nacional. 2012.)

  • Desenvolvimento Sustentável

    “Desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades” (Relatório Brundtland,1980).

  • Drenagem Urbana Pluvial

    Gerenciamento da água da chuva que escoa nas ruas, avenidas e estradas, com obras estruturais de engenharia, como: construção de galerias, sarjetas, bocas de lobo, tubulações para o escoamento da chuva. (ENDIONDO; CAMPOS, 2008).

E

  • Eventos Extremos de Tempo e Clima

    Os termos tempo e clima não são sinônimos. O tempo é a condição instantânea e transitória da atmosfera como, por exemplo, um dia chuvoso ou um dia ensolarado. Já o clima representa as condições de tempo para uma estação do ano, como um verão chuvoso e um inverno seco (REBOITA et al., 2012; LOVEJOY, 2013). Um evento extremo de tempo pode ser definido como a variação inesperada dos estados atmosféricos que ocorrem em curtos períodos de duração, indo de horas, dias a até algumas semanas (YNOUE et al., 2017). Por sua vez, um evento climático extremo é a variação inesperada da componente climatológica local, resultado de uma sucessão de eventos extremos de tempo.
    Os eventos meteorológicos ou climáticos, como os associados à temperatura (exemplo: ondas de calor) e precipitação (exemplo: excesso ou falta de chuva), podem ser classificados como extremos em razão da sua magnitude, duração e extensão (WORLD METEOROLOGICAL ORGANIZATION, 2023). Diferentes análises estatísticas têm sido usadas para realizar essa classificação como “evento extremo” (DUARTE et al., 2015; NOBREGA & FARIAS, 2016; MACHADO et al., 2019; SANTOS
    & GALVANI, 2019; TAVARES & FERREIRA, 2020).

    Definição popular: É comum designar o termo “eventos extremos” para eventos meteorológicos e climáticos, considerando a sua raridade em uma determinada localidade. No entanto, há também a tendência de nomear um acontecimento como “evento extremo” em função dos impactos e danos verificados após eventos meteorológicos ou climáticos, mesmo que esses não tenham sido raros. Essa perspectiva ignora que os impactos e danos estão associados à vulnerabilidade social (MARCHEZINI et al., 2023).

    Fonte: GLOSSÁRIO TRANSDISCIPLINAR, MARCHEZINI, 2024.

  • Educação Ambiental Climática

    A educação ambiental constitui um processo potente que traz sentido político e ético para fazer face à crise civilizatória e à emergência climática indo além e rompendo com a transmissão de um pensamento hegemônico de desenvolvimento.  (Diretriz 2).

     A educação ambiental climática deve se basear na escuta do movimento instituinte que se constrói na perspectiva da micropolítica do cotidiano, reconhecendo a ação dos coletivos e organizações locais dos povos e comunidades nos diferentes territórios (Diretriz 10). (DIRETRIZES de Educação ambiental Climática, FunBEA, 2023). Ver documento na Midiateca.

  • Efeito Estufa

    […] O Efeito Estufa consiste, basicamente, na ação do dióxido de carbono e outros gases sobre os raios infravermelhos refletidos pela superfície da terra, reenviando-os para ela, mantendo assim uma temperatura estável no planeta. Ao irradiarem a Terra, parte dos raios luminosos oriundos do Sol são absorvidos e transformados em calor, outros são refletidos para o espaço, mas só parte destes chega a deixar a Terra, em consequência da ação refletora que os chamados “Gases de Efeito Estufa” (dióxido de carbono, metano, CFCs e óxidos de azoto) têm sobre tal radiação reenviando-a para a superfície terrestre na forma de raios infravermelhos. (BORTHOLIN e GUEDES, 2007, apud CASAS, 2008, p. 3)

  • Emergência Climática

    A emergência climática descreve a situação crítica em que a janela de tempo para evitar consequências catastróficas das mudanças climáticas está se fechando rapidamente, reconhecendo que as ações tomadas até o momento têm sido insuficientes, destacando, assim, a necessidade urgente de ações drásticas e imediatas para a transição e redefinição dos sistemas econômicos, políticos e sociais. Isso requer a transição para uma economia de baixo carbono e a adoção de práticas sustentáveis em todas as esferas da vida cotidiana. Essas ações incluem a redução significativa das emissões de gases de efeito estufa, o fim da dependência de combustíveis fósseis, a proteção e restauração de ecossistemas naturais, a transição para matrizes energéticas renováveis e a implementação de políticas que priorizem a sustentabilidade e as soluções baseadas na natureza. – Adaptado de Marengo (2023) Marques (2022), Brondízio (2021) e Simões (2020).

  • Estiagem

    Estiagem é um período prolongado de escassez de chuvas e redução significativa da umidade do solo. Essa condição climática pode afetar a disponibilidade de água para atividades humanas e impactar a agricultura, a pecuária e os recursos hídricos.”) Fonte: Ministério do Meio Ambiente – https://www.gov.br/mma/pt-br/assuntos/recursos-hidricos/estiagem

  • Evento Perigoso

     A manifestação de um perigo num determinado lugar durante um determinado período de tempo.  (United Nations Office for Disaster Risk Reduction – UNDRR, 2016).

  • Evacuação

    Deslocar pessoas e ativos temporariamente para locais mais seguros antes, durante ou após a ocorrência de um evento perigoso, a fim de protegê-los (UNDRR, 2016).

  • Estudo do Meio

    Metodologia pedagógica que envolve trabalho de campo fora da escola. Importante para o processo aprendizagem dos estudantes. (GOMES, 2014).

  • Epidemia

    Ocorrência ou frequência de uma doença em uma população, com elevação progressiva, inesperada e descontrolada do número de casos. (MENDES, 2011).

  • Enxurrada

    Enxurrada: Escoamento superficial concentrado e com alta energia de transporte, que pode ou não estar associado aos rios. As enxurradas são capazes de carregar pessoas, carros, caçambas e outros objetos. Geralmente ocorrem em áreas com deficiência no sistema de drenagem, em locais com maior declividade, entre outras. Fonte: GLOSSÁRIO TRANSDISCIPLINAR, MARCHEZINI, 2024.

    Escoamento superficial concentrado e com alta energia de transporte, provocado por chuvas intensas e concentradas (SILVA, 2013).

  • Enchente ou Cheia

    Enchente ou Cheia: É definida pela elevação do nível d’água no canal de drenagem devido ao aumento da vazão, atingindo a cota máxima do canal de drenagem, porém, sem extravasar (sem o rio transbordar). Fonte: GLOSSÁRIO TRANSDISCIPLINAR, MARCHEZINI, 2024.

    Processo de subida do nível da água em um canal de drenagem sem atingir a cota de transbordamento, caracterizando o escoamento adequado do sistema (NOGUEIRA, 2009).

  • Educação em Redução de Riscos de Desastres (ERRD)

    Conjunto de conteúdos, habilidades e competências direcionados ao ensino formal, não formal e informal, com o objetivo de colaborar na gestão de riscos de desastres, utilizando-se de diversas estratégias (MARCHEZINI et al., 2019).

  • Edificação

    Construção de diversos tipos de prédios (comerciais, institucionais, habitações) usando técnicas da construção civil, que mudam conforme o tipo de edifício construído (YEPES; PELLICER, 2015).

G

  • Gases do efeito estufa

    São o conjunto de gases que absorvem parte da radiação infravermelha emitida pela Terra, e que dificultam seu escape para o espaço, mantendo-a aquecida. Esse efeito vem sendo acelerado pelo acumulo desses gases na atmosfera pela ação humana, desde a Revolução Industrial, no século XVIII. O dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O) são exemplos desses gases.

    Fonte e Link para matéria: SCARANO, Fábio Rubio. Enfrentamento das mudanças climáticas. Disponível em https://pp.nexojornal.com.br/glossario/2023/12/05/enfrentamento-das-mudancas-climaticas?utm_medium=email&utm_campaign=Seleo%20da%20semana%20181&utm_content=Seleo%20da%20semana%20181+CID_944b2f1022e5de2bfabdfbcee1d399d6&utm_source=Email%20CM. Acesso em 12 mar. 2024.

  • Granizo

    Chuva de pedras, com precipitação de pedras de gelo. (BRASIL, Embrapa, 2006).

  • Gestão de Riscos de Desastres

    A gestão de riscos de desastres é a aplicação de políticas e estratégias para prevenir novos riscos de desastres, reduzir os já existentes e gerir aqueles residuais, contribuindo para o fortalecimento da resiliência e da redução das perdas por desastres.
    Nota: As ações de gestão de riscos de desastres podem ser distinguidas entre gestão prospectiva de risco de desastres, gestão corretiva de risco de desastres e gestão compensatória de risco de desastres, também denominada de gestão de risco residual.
    As atividades prospectivas de gestão de riscos de desastres abordam e procuram evitar o desenvolvimento de riscos de desastres novos ou aumentados. Centram-se na abordagem dos riscos de desastres que poderão surgir no futuro, caso não sejam implementadas políticas de redução do risco de desastres. Exemplos: melhor planejamento do uso do solo ou sistemas de abasteci mento de água resistentes a desastres.
    As atividades corretivas de gestão de riscos de desastres abordam e procuram reduzir os riscos de desastres já presentes e que precisam ser geridos e reduzidos no momento. Exemplos: modernização de infraestruturas críticas ou a relocalização de populações ou bens expostos.
    As atividades compensatórias de gestão do risco de desastres fortalecem a resiliência social e econômica dos indivíduos e das sociedades face ao risco residual que não pode ser eficazmente reduzido. Exemplos: atividades de preparação, resposta e recuperação, e também a combinação de diferentes instrumentos de financiamento, tais como fundos nacionais de contingência, crédito contingente, seguros, resseguros e redes de segurança social, microcrédito, entre outros.
    A gestão de riscos de desastres baseada na comunidade promove o envolvimento das comunidades potencialmente afetadas a nível local. Exemplos: avaliações comunitárias de ameaças, vulnerabilidades e capacidades, envolvimento no planejamento, implementação, monitoramento e avaliação da ação local para a redução do risco de catástrofes.
    A abordagem dos povos locais e indígenas à gestão de riscos de desastres é o reconhecimento e a utilização de conhecimentos e práticas tradicionais, indígenas e locais para complementar o conhecimento científico nas avaliações do risco de desastres, no planejamento e implementação da gestão local do risco de desastres.
    Os planos de gestão de riscos de desastres estabelecem as metas e objetivos específicos para reduzir os riscos de desastres, conjuntamente a ações relacionadas para atingir esses objetivos. Os planos podem ser orientados pelo Marco de Sendai para a Redução do Risco de Desastres (2015-2030). Por sua vez, os planos a nível nacional têm de ser específicos para cada instância de responsabilidade administrativa e adaptados às diferentes circunstâncias sociais e geográficas presentes. O prazo e as responsabilidades pela implementação, assim como as fontes de financiamento, devem ser especificados no(s) plano(s). Sempre que possível, devem ser estabelecidas associações entre a gestão de risco e desastres, os planos de adaptação às mudanças climáticas e os objetivos do desenvolvimento sustentável. (UNITED NATIONS, 2016).

    Fonte: GLOSSÁRIO TRANSDISCIPLINAR, MARCHEZINI, 2024.

  • GPS

    Sigla de Global Positioning System. Sistema de navegação por satélite que utiliza um aparelho móvel para o envio de informações sobre sua posição geográfica (latitude/longitude). (KAPLAN; HEATH, 2006).

H

I

  • Inundação

    Inundação: Representa o transbordamento de um curso d’água, atingindo a planície de inundação ou área de várzea.

    Inundação costeira: Ocorre com a elevação da água do mar quando essa excede a altura normal da maré alta atingindo áreas costeiras. (COSTA, 2014).

  • Infestação

    Desenvolvimento, reprodução e proliferação de espécies de animais (insetos, roedores e outros) em locais que favorecem aumento da abundância de uma espécie em detrimento de outras. (PESTANA, 2014).

  • Incêndio Florestal

     Queimada de origem natural ou antrópica, com destruição total ou parcial da vegetação florestal. (RODRIGUES, 2013).

  • Inundação

    Transbordamento das águas de um rio ou de um canal de drenagem, atingindo as áreas extremas da planície de inundação ou área de várzea. (LOURENÇO,2012).

L

M

  • Monitoramento

    Acompanhamento contínuo das condições do ambiente, a partir das variáveis previamente definidas (por exemplo, nível do rio ou quantidade de chuva acumulada nas últimas 24 horas). Pode ser realizado por meio de equipamentos eletrônicos (como estações meteorológicas), ou analógicos (como pluviômetros), além de visitas de campo.
    Detalhes: Representa uma etapa crucial da gestão de riscos de desastres por fornecer informações críticas a respeito da situação de riscos de inundação, deslizamento, entre outras, permitindo a elaboração de alertas e/ou alarmes e a realização de evacuação de áreas de risco.

    Fonte: GLOSSÁRIO TRANSDISCIPLINAR, MARCHEZINI, 2024.

  • Medidas não estruturais

    Medidas ligadas à execução de atividades mais estratégicas, de regulamentação e educativas, sem envolver obras de engenharia, mas igualmente voltadas para a redução de riscos de desastres (RRD). As medidas não estruturais buscam reduzir os riscos e os potenciais impactos dos desastres por meio do aumento das capacidades locais, mediante desenvolvimento de políticas, regulamentos, capacitações e outras ações similares. 

    São exemplos de medidas não estruturais: a regularização do uso e ocupação do solo, o zoneamento urbano e rural e uso racional do espaço geográfico, a implementação de legislação de segurança e normas técnicas relacionadas com RRD, a promoção da mudança cultural e comportamental, objetivando o aumento da percepção dos riscos, o desenvolvimento de campanhas educativas, a distribuição de material educativo e de orientação etc. (Defesa Civil do Estado de Santa Catarina, 2020).

  • Medidas estruturais

    Medidas ligadas à execução de projetos e obras de engenharia para fins de contenção de encostas, obras de drenagem, retenção hídrica, proteção superficial, reforço de infraestruturas existentes, realocação de infraestruturas em risco, entre outras, com a finalidade de aumentar a segurança intrínseca das comunidades. As medidas estruturais englobam a execução de projetos e obras de engenharia, logo, são consideradas atividades de custo mais elevado, as quais exigem também o envolvimento de equipes técnicas e planos de trabalho bem definidos. (Defesa Civil do Estado de Santa Catarina, 2020).

  • Matriz de risco

    Representação gráfica útil aos tomadores de decisão para uma maior compreensão e distinção entre as probabilidades da ocorrência de um desastre numa determinada localidade e suas prováveis consequências ou níveis de impacto. (Defesa Civil do Estado de Santa Catarina, 2020).

  • Mitigação das mudanças climáticas

    Diz respeito a ações que envolvam a redução na emissão de gases estufa. Normalmente se relaciona a mudar a matriz energética baseada em combustíveis fósseis, como o petróleo. Energia limpa, conservação de ecossistemas naturais (que estocam e sequestram gases estufa) e mudanças nos padrões de produção e consumo, transporte etc., exercem tal efeito mitigador. Quando se fala em neutralizar emissões é em referência às ações que removam gases estufa da atmosfera, compensando emissões, por exemplo, plantio de árvores.

    Fonte e Link para matéria: SCARANO, Fábio Rubio. Enfrentamento das mudanças climáticas. Disponível em https://pp.nexojornal.com.br/glossario/2023/12/05/enfrentamento-das-mudancas-climaticas?utm_medium=email&utm_campaign=Seleo%20da%20semana%20181&utm_content=Seleo%20da%20semana%20181+CID_944b2f1022e5de2bfabdfbcee1d399d6&utm_source=Email%20CM. Acesso em 12 mar. 2024.

  • Mudanças e crise climáticas

    As mudanças climáticas dizem respeito à variação do clima em escala global ou regional. Há um componente natural dessas mudanças, mas o que hoje está em curso se atribui principalmente à ação humana. A crise climática se refere ao processo de aumento da temperatura média (aquecimento) global decorrente do acúmulo de gases estufa, predominantemente decorrente de emissões provocadas pelo ser humano, que resulta num estado climático caracterizado por maior incidência local de eventos extremos, que incluem secas, inundações, tempestades, ciclones, tornados, ondas de calor, de frio, etc., sempre dependendo da localidade em questão.

    Fonte e Link para matéria: SCARANO, Fábio Rubio. Enfrentamento das mudanças climáticas. Disponível em https://pp.nexojornal.com.br/glossario/2023/12/05/enfrentamento-das-mudancas-climaticas?utm_medium=email&utm_campaign=Seleo%20da%20semana%20181&utm_content=Seleo%20da%20semana%20181+CID_944b2f1022e5de2bfabdfbcee1d399d6&utm_source=Email%20CM. Acesso em 12 mar. 2024.

  • Mudança Climática

    É a mudança do clima atribuída direta ou indiretamente à atividade humana que altera a composição da atmosfera mundial e que se soma à variabilidade natural do clima observada durante períodos de tempo comparáveis (UNFCC, 1992, UNFCC, 2015)

  • Mitigação

    Diminuição ou redução ao mínimo dos impactos adversos de um evento perigoso. (UNDRR, 2016).

    Definição Popular: Mitigar significa diminuir. Ao falarmos sobre desastres, o Estado é o maior responsável por diminuir os riscos e consequências sobre vidas e bens. Essa diminuição das consequências acontece por meio de ações estruturais (exemplo: saneamento básico) e também por meio da preparação de pessoas (exemplo: envolvimento de escolas para conscientização e educação sobre o tema).
    Detalhes: Os impactos adversos das ameaças, em particular das ameaças naturais, muitas vezes não podem ser totalmente evitados, mas é possível diminuir sua escala ou gravidade substancialmente, sobretudo por meio de variadas estratégias e ações que incluem: técnicas de engenharia e construção resistente a riscos, melhores políticas ambientais e sociais, a construção de moradias dignas em lugares seguros, dentre outras. Deve-se notar que, na política de alterações climáticas, “mitigação” define-se de forma distinta, pois consiste no termo utilizado para a redução das emissões de gases de efeito estufa, fonte das alterações climáticas. (UNITED NATIONS, 2016)

    Fonte: GLOSSÁRIO TRANSDISCIPLINAR, MARCHEZINI, 2024.

O

  • Ondas de calor

    É um período anormal de alguns dias com temperaturas muito elevadas, com valores máximos diários que ultrapassam as médias observadas, gerando desconfortos e problemas de saúde, os quais variam conforme os países ou regiões. Fonte: IPCC, Relatório 2023.

P

  • Preparação

    Conjunto de conhecimentos e capacidades que comunidades, órgãos públicos e privados, além de outros grupos sociais, utilizam para se preparar perante uma emergência ou desastre. Essa preparação envolve a formulação e aplicação de planos de contingência; conhecimento das áreas sujeitas a desastres; criação de uma rede de monitoramento de chuva e de nível de rios; formulação de sistemas de alertas com participação das comunidades e das escolas do bairro; definição de rotas de evacuação junto à comunidade, assim como o melhoramento da acessibilidade das mesmas; identificação de locais seguros para organização de abrigos temporários e pontos de apoio para populações evacuadas; realização de simulados de evacuação; articulação e coordenação de secretarias municipais, estaduais e outras organizações que possam auxiliar em uma emergência; criação de uma rede de radioamadores para que a comunicação seja mantida mesmo sem acesso à internet e de um plano com divisão de papéis e responsabilidades entre os moradores de um bairro; realização de parcerias com rádios, meios de comunicação e outras redes de voluntários; capacitação de pessoas para ações de salvamento, primeiros socorros, dentre outros aspectos.
    Um plano de preparação estabelece disposições antecipadas para permitir respostas oportunas, eficazes e apropriadas a potenciais ameaças ou situações de desastre emergentes que possam ameaçar a sociedade ou o ambiente. (UNITED
    NATIONS, 2016).

    Fonte: GLOSSÁRIO TRANSDISCIPLINAR, MARCHEZINI, 2024.

  • Pós-desastre

    Diferente da gestão de riscos de desastres, que ocorre no período de normalidade ou no chamado pré-desastre, o gerenciamento de desastres se inicia durante a ocorrência do desastre propriamente dito, na chamada anormalidade, e se estende no período do pós-desastre, ou seja, no período que compreende as ações de resposta e, especialmente, as ações de recuperação, onde são realizadas obras de reconstrução (baseadas no princípio de reconstruir melhor) e ações de recuperação do bem-estar social e econômico. (SDC, Santa Catarina, 2023)

  • Plano de Contingência

    Processo de gestão que analisa os riscos de catástrofes e estabelece acordos com antecedência para permitir respostas oportunas, eficazes e apropriadas (UNDRR, 2016).

  • Perigo

    Um processo, fenômeno ou atividade humana que pode causar a perda de vida, ferimento ou outros impactos na saúde, danos de propriedade, perturbação social e econômica ou degradação ambiental (UNDRR, 2016).

  • Pandemia

    Epidemias que ocorrem ao mesmo tempo em vários países, ou seja, epidemias com abrangência mundial. (GIESECKE, 2020).

  • Potencializador

    Derivada do verbo potencializar: aumentar ou reforçar os efeitos de algo. Chuvas fortes potencializam a ocorrência de inundações, alagamentos e escorregamentos de terra; isto é, aumentam a intensidade do risco de desastres. (UNDRR, 2015).

  • Pluviômetro

    Instrumento utilizado para medir a quantidade de chuva que cai num local e num determinado momento. (World Meteorological Organization, 2014).

  • Prevenção

    Conjunto de medidas adotadas antes de situações que podem causar danos às pessoas, aos bens materiais e ao meio ambiente. (UNDRR, 2016).

    O conhecimento e as capacidades desenvolvidas pelos governos, organizações, empresas, comunidades e indivíduos para se anteciparem a situações de risco de desastres (UNITED NATIONS0, 2016), implementando ações que evitem a instalação ou ampliação das situações ou condições de risco.
    As ações de prevenção precisam ser articuladas às políticas públicas de desenvolvimento social, meio ambiente, planejamento e ordenamento territorial, uso e ocupação do solo, habitação e assistência social. A prevenção deve considerar diferentes ameaças naturais e tecnológicas, a fim de evitar que situações de risco de desastre se instalem.
    Dentre as ações de prevenção, incluem-se: planos de ordenamento territorial, adaptação baseada em ecossistemas, aplicação de códigos de construção para edificações sustentáveis e resilientes, realização de campanhas educativas voltadas à prevenção, dentre outros aspectos.

    Fonte: GLOSSÁRIO TRANSDISCIPLINAR, MARCHEZINI, 2024.

Q

  • Queimada

    São caracterizadas pelo uso do fogo em práticas de manejo da terra, tanto para a limpeza da área, preparo de plantios, como para renovação de pastagem. Além disso, elas estão relacionadas à dinâmica do desmatamento sendo utilizadas para limpeza e remoção da vegetação que foi cortada (TEDIM, 2018).

R

  • Radiação Ultravioleta (UV)

    A luz que nós percebemos inclui comprimento de onda entre 400 700 nm. No final da onda situa-se a faixa de infravermelho (IR), e no final da onda curta, a faixa Ultra violeta (UV).Os efeitos fisiológicos variam acima de faixas de onda . Nós sentimos a presença da radiação IR meramente como calor.

    Concomitantemente a um aumento na energia e uma diminuição no comprimento de onda, há um aumento na ocorrência de reações químicas desencadeadas pela radiação UV. Aplicado a tecidos vivos, há um aumento nos efeitos fisiológicos. Inicialmente, observações puramente empíricas de vários efeitos  fisiológicos levaram a classificação da radiação UV em A, B, e C. Nas áreas montanhosas ou na superfície do mar, uma grande proporção de radiação UV é refletida pela água ou pela neve, de modo que nesses casos a radiação incidente, direta, real, é acompanhada por uma alta quantidade de radiação indireta, por exemplo, radiação UV refletida.  Esta é uma das razões porque a queimadura do de sol pode ocorrer consideravelmente mais rápida , nas montanhas ou no mar. Fonte: UNICAMP – Laboratório de Ensino de Óptica.

  • Resiliência

    “A capacidade de um sistema social ou ecológico de absorver perturbações, mantendo a mesma estrutura básica e modos de funcionamento, a capacidade de auto-organização, bem como a capacidade de adaptação ao estresse e à mudança”. (IPCC, 2007)

  • Rede Clima

    A Rede Clima constitui-se em um importante pilar de apoio às atividades de Pesquisa e Desenvolvimento do Plano Nacional de Mudanças Climáticas para atender às necessidades nacionais de conhecimento sobre mudanças do clima, incluindo a produção de informações para formulação de políticas públicas.

    Tem abrangência nacional, envolvendo dezenas de grupos de pesquisa em universidades e institutos. A Rede está dividida em 16 sub-redes temáticas, cada qual com suas peculiaridades, as quais estão distribuídas nas diversas regiões do Brasil o que provê capilaridade para a Rede, assim como potencializa a transferência e difusão das informações geradas. As sub-redes são: Agricultura, Biodiversidade e Ecossistemas, Cidades e Urbanização, Desastres Naturais, Desenvolvimento Regional, Divulgação Científica, Economia, Energias Renováveis, Modelagem Climática, Oceanos, Políticas Públicas, Recursos Hídricos, Saúde, Serviços Ambientais dos Ecossistemas, Usos da Terra e Zonas Costeiras

    http://redeclima.ccst.inpe.br/

    Acesse também as publicações da Rede

    http://redeclima.ccst.inpe.br/cartilhas-e-atlas/ 

  • Risco climático

    “A combinação da probabilidade de ocorrência e das consequências de um evento adverso (por exemplo, ciclone tropical, seca, inundação)”. (UNDP, 2011)

  • Resiliência a Catástrofe

    A capacidade der mitigar e recuperar dos eventos de catástrofes. Um subconjunto do conceito mais amplo de resiliência.  (UNDRR, 2016).

  • Resposta

    Medidas tomadas diretamente antes, durante, ou imediatamente após uma catástrofe, a fim de salvar vidas, reduzir impactos de saúde, garantir a segurança pública e atender as necessidades básicas de subsistência das pessoas afetadas (UNDRR, 2016).

    Detalhes: Centra-se predominantemente nas necessidades imediatas e de curto prazo, sendo por vezes chamada de “ajuda” ou “assistência” humanitária. A resposta eficaz, eficiente e no tempo determinado depende de medidas de preparação, incluindo o desenvolvimento das capacidades de resposta de indivíduos, comunidades, organizações, países e da
    comunidade internacional.
    Os elementos institucionais da resposta incluem, frequentemente, a prestação de serviços de emergência e assistência pelos setores público, privado e comunitário, bem como a participação comunitária e voluntária. Os “serviços de emergência” são um conjunto crítico de agências especializadas com responsabilidades específicas no atendimento e
    proteção de pessoas e bens em situações de emergência e desastre. Incluem autoridades de defesa civil, serviços policiais de bombeiros, entre outros. A divisão entre a fase de resposta e a fase de recuperação subsequente não é clara. Algumas ações de resposta, tais como o fornecimento de habitação temporária e abastecimento de água, podem prolongar-se até
    a fase de recuperação. (UNITED NATIONS, 2016).

    Fonte: GLOSSÁRIO TRANSDISCIPLINAR, MARCHEZINI, 2024.

  • Ressaca

    Elevação anormal do nível do mar provocada por ventos fortes sobre o oceano. (National Oceanic and Atmospheric Administration, 2017).

  • Régua Milimétrica

    São os instrumentos utilizados para a leitura do nível d’água de um rio monitorado. (United States Geological Survey, 2003).

  • Região Hidrográfica

    São bacias, grupos de bacias ou sub-bacias hidrográficas próximas, com características naturais, sociais e econômicas similares. (IBAMA, 2011).

  • Redução do Risco de Desastre (RRD)

    Ocorre mediante esforços sistemáticos dirigidos a análise e a gestão dos fatores causais dos desastres, o que inclui a redução do grau de exposição às ameaças, a diminuição da vulnerabilidade da população e a propriedade, uma gestão sensata dos solos e do meio ambiente, e melhoras na preparação para eventos adversos (UNISDR, 2009).

  • Resiliência

    Capacidade de uma comunidade ou sociedade exposta a ameaças de adaptar-se, resistindo ou mudando, com o fim de alcançar e manter um nível aceitável de funcionamento.

  • Risco de Desastre

    Probabilidade de ocorrer a perda de vidas e danos materiais provenientes de desastres. Pode ser explicado em termos da equação (r=a.v) risco (r) é a relação entre duas variáveis, as ameaças (a) e as vulnerabilidades (v).

    Definição: Probabilidade de perda de vidas, de sofrer ferimentos e de ter bens destruídos ou danificados em um período específico de tempo. É determinado em função da ameaça, exposição, vulnerabilidade e capacidade.
    Definição Popular: Risco costuma vir associado ao risco de desastre ou área de risco. Áreas de risco são locais nos quais a chance de sofrer um desastre é maior, devido à sua proximidade com rios e/ou barrancos, encostas e morros, principal- mente se estiverem sem vegetação. Ou seja, em áreas de risco as chances de desastre são maiores.
    Detalhes: É importante considerar os contextos sociais e econômicos em que ocorrem os riscos de desastre e que as percepções de risco entre as pessoas pode diferir significativamente.

    Fonte: GLOSSÁRIO TRANSDISCIPLINAR, MARCHEZINI, 2024.

S

  • Sustentabilidade

    Originalmente definido como “o tipo de desenvolvimento que supre as necessidades do presente sem comprometer a habilidade de futuras gerações suprirem as suas”, hoje estima-se que o termo já tenha mais de 300 definições diferentes. Justiça social, crescimento econômico e equilíbrio ambiental (Tripé social – econômico – ambiental) são os três indicadores que se integram no conceito de sustentabilidade. Há autores que incluem também outras dimensões. O conceito de sustentabilidade demanda também uma ética intergeracional que se preocupe com gerações futuras, humanas e não humanas.

    Fonte e Link para matéria: SCARANO, Fábio Rubio. Enfrentamento das mudanças climáticas. Disponível em https://pp.nexojornal.com.br/glossario/2023/12/05/enfrentamento-das-mudancas-climaticas?utm_medium=email&utm_campaign=Seleo%20da%20semana%20181&utm_content=Seleo%20da%20semana%20181+CID_944b2f1022e5de2bfabdfbcee1d399d6&utm_source=Email%20CM. Acesso em 12 mar. 2024.

  • Sistema de Alerta Antecipado

    Sistema integrado de vigilância, previsão e predição de ameaças, avaliação dos riscos de desastres, e atividades, sistemas e processos de comunicação e preparação que permite às pessoas, as comunidades, os governos, as empresas e outras partes interessadas adotar as medidas oportunas para reduzir os riscos de desastres com antecedência a sucessos perigosos (UNDRR, 2016).

  • Sistema de Alerta

    Definido como um dos elementos necessários para a gestão do risco e de impactos de deslizamentos, inundações, queimadas, incêndios florestais. Está associado a atividades técnicas de monitoramento do risco, da ocorrência e dos impactos desses eventos. […] O sistema de alerta deve ser capaz de auxiliar na capacidade de prevenção e resposta a eventos extremos. (ANDERSON et al., 2019; REIS et al., 2019).

  • Seca

     Fenômeno climático com período prolongado de baixa ou nenhuma pluviosidade.(National Drought Mitigation Center, 2014).

  • Sazonalidade

    Período em que um evento ocorre com mais ou menos frequência. Representa o comportamento natural de um rio, onde o nível costuma aumentar na época de chuvas e diminuir na época de seca. (COELHO, et al., 2018).

T

V

  • Vulnerabilidade à mudança climática

    “O grau em que um sistema é suscetível ou incapaz de lidar com os efeitos adversos das mudanças climáticas, incluindo a variabilidade climática e extremos climáticos. A vulnerabilidade é uma função da  natureza, da magnitude e da taxa da variação climática a que um sistema está exposto, a sua sensibilidade e a sua capacidade adaptativa”. (IPCC, 2007).

    Vulnerabilidade às mudanças climáticas diz respeito a “propensão de sofrer danos” (IPCC, 2014).

  • Valor Qualitativo

    Significado atribuído ao que se observa a partir da percepção. O observador interpreta o ambiente com base em sua experiência e contexto particulares. (ULRICH, 1983).

  • Valor Quantitativo

    Significado atribuído ao que se observa a partir da quantificação numérica de suas componentes. O observador interpreta o ambiente com base em sistemas métricos padronizados e passíveis de replicação.  (National Institute of Standards and Technology, 2019).

  • Vulnerabilidade

    Vulnerabilidade é estar em uma situação ou condição de maior possibilidade de sofrer danos e perdas em desastres. Muitas vezes, isso ocorre em virtude da falta de acesso e/ou de recursos para evitar ou reduzir os riscos, antes, durante e ao longo do desastre. As situações ou condições de vulnerabilidade são determinadas por fatores ou processos físicos, sociais, políticos, econômicos e ambientais que aumentam a probabilidade de um indivíduo, um grupo social ou comunidade, de vivenciar os impactos das ameaças. (UNITED NATIONS, 2016).
    Definição Popular: Tudo o que aumenta as dificuldades das pessoas em uma situação de risco. Por exemplo: falta de acesso à informação, assistência, recursos financeiros e moradia em lugar seguro. Ainda, não ter para onde ir se precisar sair de casa e nem com quem contar se precisar de ajuda, podem ser alguns dos outros fatores que aumentam a vulnerabilidade.

    Fonte: GLOSSÁRIO TRANSDISCIPLINAR, MARCHEZINI, 2024.