UNIVAP/INPE – São José dos Campos/SP
Enviado em 18/11/2019
Título: Maquete interativa.
Objetivos: Escolhemos a Maquete Interativa como ferramenta de abordagem em oficinas na cidade de São Luiz do Paraitinga para realizar a coleta de dados. Identificar áreas de inundação, envolvendo, os atores locais no processo de pesquisa. Detectar relações de identidade coletiva entre espaço e indivíduo através do território miniaturizado, e a interação entre os participantes e os elementos representativos da cidade. Propor medidas de adaptação e prevenção aos diferentes riscos identificados.
Público envolvido: Professores, alunos e comunidade.
Atividades realizadas: O primeiro workshop foi realizado na Praça Oswaldo Cruz, onde captamos informações de um público diverso presente naquele momento. Através da metodologia escolhida, a Maquete Interativa atraiu as pessoas para participar da atividade proposta, já curiosas para entender do que se tratava, foram receptivas às perguntas realizadas durante a conversa. Fomos autorizados por cada participante para guardar as informações por gravações de voz, as análises das mesmas estão em andamento. O segundo workshop aconteceu na Escola Ignácio Monsenhor Gioia com os professores e funcionários. Após uma apresentação sobre os estudos que estavam sendo realizados sobre São Luiz do Paraitinga, realizou-se a mesma atividade e surgiram as seguintes ideias de adaptação e prevenção: Monitoramento do rio e o clima antes da época de chuvas (dezembro a março) para identificar mudanças na quantidade de chuva e traçar estratégias de prevenção. A inclusão de atividades artísticas para compartilhar a memória sobre a inundação e conscientizar as novas gerações sobre o que isso significou pra cidade. Avaliar área de risco e propor planos de evacuação, mapeando áreas vulneráveis e seguras com base nos eventos anteriores de inundações. Adaptação da atividade da maquete interativa para os vários níveis de ensino, integrando também a cartografia social e recursos de mapeamento tecnológicos. Já na atividade realizada de tarde, os participantes contribuíram com as seguintes ideias: Realizar passeios recreativos com o apoio do grupo de rafting para conhecer o Rio Paraitinga e as áreas de risco. Coordenar parcerias com uma piscina privada de São Luiz, assim permitindo o ensino da natação para os munícipes que não sabem nadar. Desta forma, em casos de emergência numa situação de desastre, as chances da pessoa sobreviver aumenta. Mapear o território indicando onde pessoas mais vulneráveis da cidade vivem, com a ajuda de alunos e fazendo o uso de ferramentas tecnológicas. Disponibilizar informações científicas para a comunidade local. Trabalhar a metodologia proposta com os alunos a fim de que contribuam com o aprimoramento da atividade com diferentes iniciativas.
Resultados: Logrou-se compreender mais sobre o episódio vivido pelos luizenses na Grande Enchente de 2010 através de uma atividade lúdica e leve, para tratar um assunto tão delicado. Desta forma, é possível continuar a realizar os workshops a fim de envolver a comunidade para desenvolver conjuntamente medidas de adaptação e prevenção frente aos riscos identificados na cidade.
Outras informações: A atividade da Maquete Interativa foi facilitada pela equipe integrada por membros do CCST-INPE, CEMADEN e UNIVAP. A partir dos workshops, pôde-se realizar parcerias com alguns dos participantes para trabalhar em conjunto e traçar um plano de ação para a cidade. Através do contato com a escola, facilita-se o contato com os alunos e jovens da cidade, atuantes fundamentais para o crescimento da resiliência da cidade frente às inundações, já que existe essa lacuna de faixa etária no município. Espera-se organizar próximos workshops com a escola e outras ONGs locais, pensando também em algum evento que seja um memorial dos 10 anos da grande enchente, em 2020.