Atividades desenvolvidas e principais resultados

O Projeto Escolas Seguras é realizado pelo Instituto Conservação Costeira, em parceria com o CEMADEN Educação. Foi idealizado após a tragédia de fevereiro de 2023, quando ocorreu um dos maiores eventos climáticos do país, que culminou na maior tragédia humanitária e ambiental do município de São Sebastião, Litoral Norte de São Paulo.

Com a finalidade de educar jovens para a prevenção de riscos de desastres, esse projeto integra a educação climática e ambiental em 4 escolas públicas da Costa Sul de São Sebastião: Escola Municipal Henrique Tavares De Jesus, em Barra do Sahy, Escola Municipal Walkir Vergani, em Boiçucanga, Escola Estadual Plínio Gonçalves de Oliveira, em Juquehy e Escola Técnica Estadual, na Vila Sahy.

No módulo “Cartografia Social”, a atividade possibilitou a construção de mapas participativos pelas pessoas da comunidade, favorecendo o diálogo entre elas e incentivando a reflexão das potencialidades e das fragilidades do lugar onde vivem.

Além disso, a atividade proporcionou a especialização do conhecimento e percepções das pessoas que vivem na dada localidade, em base cartográfica (mapas e imagens de satélite) com vistas à prevenção de desastres naturais e a reflexão sobre estratégias de prevenção de desastres naturais (formas de adaptação, rotas de fuga, lugares seguros, grupos ou pessoas vulneráveis) e especializá-las em base cartográfica.

A Escola Plínio Gonçalves de Oliveira, localizada em Juquehy (São Sebastião), teve sua estrutura destruída por um deslizamento de terra em fevereiro de 2023, e hoje conta com ações educativas voltadas para a prevenção de desastres naturais, como parte das atividades do Projeto Escolas Seguras, realizado pelo Instituto Conservação Costeira.

O módulo “Cartografia Social” envolveu uma série de encontros. No primeiro encontro, os alunos participaram de uma roda de conversa para entender o conceito de cartografia social, sua metodologia e relevância. Eles também definiram perguntas norteadoras para entrevistas com a comunidade e analisaram mapas, fotos e imagens aéreas da escola e de seu entorno.

No segundo encontro, foi realizada uma saída de campo para mapear e identificar as ruas e suas nomenclaturas, além de conduzir entrevistas com membros da comunidade tradicional e moradores do entorno da escola. Durante essa etapa, os alunos também identificaram áreas de risco, como locais propensos a deslizamentos e alagamentos, bem como áreas seguras.

Por fim, os alunos colaboraram na produção de um mapa social, que sintetiza os aprendizados e informações coletadas, promovendo um diálogo sobre os riscos ambientais e estratégias de segurança.