Em um dia marcado por emoção e reconhecimento, o Cemaden Educação-CEdu celebrou 10 anos de sua jornada no dia 12 de junho, em um evento especial realizado no Parque Tecnológico de São José dos Campos-SP. A ocasião reuniu um público de pesquisadores/as, educadores/as, estudantes e demais personalidades que, ao longo de uma década, contribuíram para o crescimento e o impacto do Programa.

Carlos Nobre, um/as dos/as idealizadores/as do Cemaden Educação, faz fala de abertura do evento.

Memórias e Conquistas

A abertura da celebração contou com aqueles/as que pensaram e impulsionaram o Programa, como o idealizador Carlos Nobre, a diretora substituta do Cemaden, Regina Célia dos Santos Alvalá e a coordenadora do CEdu, Rachel Trajber. Um dos pontos interessantes foi ouvir as memórias:

“Nós éramos pesquisadores/as do INPE e criamos um documento de 80 páginas sobre o porquê era tão importante, a partir de uma boa previsão do tempo, ter sistemas que mostrassem áreas de risco. Fui à Brasília várias vezes apresentar este projeto”

Carlos Nobre conta que todos/as achavam o projeto uma ótima ideia, entretanto nada acontecia. Em Janeiro de 2011, após um dos maiores desastres na região serrana do Rio de Janeiro, com 918 mortes e muitos/as desaparecidos/as até hoje, os/as cientistas foram convocados/as e a ordem de construção do Cemaden, partiu da Presidência da República, foi imediata.

Os/as três pesquisadores/as rememoraram também uma visita ao Japão, em 2015, mostrou que a educação de jovens e crianças era a melhor medida para a resiliência das comunidades atingidas. Assim, o modelo japonês de preparo a terremotos e tsunamis serviu como inspiração para as atividades que seriam, então, executadas no Brasil. 

Durante o evento, o público também acompanhou dois vídeos que reuniram os principais marcos da história do CEdu, destacando o compromisso do Programa com a educação, a pesquisa e a construção de comunidades mais resilientes por meio de números e imagens de arquivo que remontam a trajetória de uma década de trabalho com base na Educação em Redução de Riscos de Desastres e, mais recentemente, na Educação Ambiental Climática.

Nessa trajetória o Programa recebeu três prêmios, Boas práticas – Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – UNFCCC- (2017);  AGU – Advancing Earth and Space Science (2018) e Celebrating Impact Prize – Categoria Outstanding Societal Impact – Economic and Innovation Research Council (2023), este último com o Projeto Dados à Prova d’Água.

Teatro do Oprimido e Jogos interativos

Uma dinâmica teatral com a temática da prevenção de riscos de desastres socioambientais foi um dos momentos interativos do evento, em que os/as participantes puderam levantar de suas cadeirass, compartilhar ideias, risos e construir conhecimento por meio do Teatro do Oprimido. Trata-se de uma técnica dramática com a participação da plateia, em que as pessoas tomam o papel de atores e atrizes.

A ação foi liderada pelo geógrafo Pedro Leal, do Instituto Geológico de São Paulo, e animou todo mundo, especialmente, os/as estudantes das escolas que estavam presentes, como a ETEC, de São Sebastião, no litoral paulista que passou pou um desastre em 2023. Ao final, todos/as foram a um salão do Parque Tecnológico onde puderam curtir e aprender sobre desastres com jogos como Na Trilha do Risco, Quem?, Vale do Risco, e Mini-Trunfo. 

Compromisso renovado

O Cemaden Educação se consolidou como referência em educação para a percepção de riscos por meio de ações e parcerias estratégicas, e contou com a presença dos Ministérios das Cidades e dda Ciência, Tecnologia e Inovação. 

Assista no canal do YouTube a transmissão ao vivo: