Atividades

1. Apresentação da Jornada e descrição das atividades

Com o tema de vulnerabilidade da escola, vamos ampliar a reflexão sobre os conceitos de ameaça, risco, vulnerabilidade, resiliência e desastre no contexto do ambiente escolar. Por meio de um conjunto de exercícios e práticas esta atividade se propõe a analisar a vulnerabilidade estrutural (do prédio, das edificações) das escolas diante dos riscos de desastre socioambiental e das ameaças naturais.

Algumas temáticas importantes são abordadas de forma divertida com exercícios que fazem pensar não somente no âmbito teórico das relações entre ameaças, riscos e vulnerabilidades, mas sugerem práticas que orientam a avaliação, debates e a sistematização das descobertas sobre vulnerabilidades nas edificações, usando ferramentas da matemática, da lógica e da linguagem, bem como recursos digitais como tabelas e mapas.

São trabalhados os conceitos de valor qualitativo e valor quantitativo, que estimulam a percepção e o raciocínio lógico dos estudantes. Os exercícios propostos de transformação de qualidades em quantidades permitem aplicar operações aritméticas sobre valores de percepção humana (sentimentos, observações, reflexões etc). Com eles, se pode também vivenciar a utilidade da matemática na resolução de questões da realidade cotidiana e ampliar a percepção do sentido dessa disciplina em termos mais práticos do que abstratos.

A atividade tem potencial para promover várias iniciativas voltadas para a redução de riscos e vulnerabilidades de outras edificações essenciais, como hospitais, bombeiros, defesa civil, prefeitura, bem como das residências e espaços públicos.

Para saber mais: Conceitos e termos para a gestão de riscos de desastres na educação.

2. Perguntas de pesquisa

  • Será que a nossa escola é segura e resiliente?
  • Como é percebido o risco socioambiental pela comunidade escolar?
  • É possível elaborar propostas para diminuir os riscos estruturais da escola?

3. Objetivos

  • Compreender conceitos relacionados à gestão de risco de desastres na escola;
  • Integrar novos conhecimentos da área de desastres a partir da percepção de vulnerabilidade socioambiental da comunidade escolar;
  • Envolver os estudantes na observação e análise de fenômenos ambientais em interação com o espaço escolar;
  • Propiciar a criação de estratégias voltadas para a redução de vulnerabilidades e riscos na comunidade escolar.

4. Temas e componentes Curriculares envolvidos

Matemática: Conceitos de valor qualitativo e valor quantitativo; conceitos de geometria: equação fundamental da reta; quantificações métricas como apoio à compreensão da magnitude de um fenômeno natural potencialmente perigoso; coleta e sistematização de dados em planilhas padronizadas.

Geografia: Conceitos e componentes dos riscos socioambientais; estruturas e formas do planeta terra: relevo, agentes internos (os movimentos da crosta) e agentes externos (clima e intemperismo) da modelagem da superfície; conceito de equilíbrio nas interações sociedade-natureza.

Biologia: Conceitos de organização e dinâmica dos ecossistemas; causas de desequilíbrios ambientais e suas consequências; estratégias para restaurar o equilíbrio sociedade-natureza.

Artes: Produção, leitura e interpretação de símbolos; composição de representações pictóricas da realidade experimentada; comunicação através de linguagem gráfica, em especial mapas e croquis.

Língua Portuguesa: Exercício de comunicação oral e escrita na descrição de percepções particulares e coletivas do entorno físico e social experimentado; exercício de produção, leitura e interpretação de textos combinados com símbolos gráficos produzidos por outros indivíduos; exercício de argumentação, debate e elaboração de projetos; exercício de conciliação de argumentos e integração de definições a partir de saberes diversos.

5. Metodologia

A metodologia desta atividade esteve inspirada nos trabalhos destinados ao segmento educativo, realizados pelo projeto PREDECAN:apoyo a la prevención de desastres en la Comunidad Andina – CAN, financiado com recursos da comunidade europeia.

Os conceitos e definições técnicas sobre ameaça, vulnerabilidade e risco foram baseados no documento “Terminologia de Redução de Risco de Desastres” (2009, 2015) da Estratégia Internacional para Redução de Desastres, EIRD, das Nações Unidas.

6. Recursos

  •  Cartolina para a elaboração de croquis, lápis de cor, tabelas e quadros de observação impressos.

7. Tempo estimado e periodicidade

  • Sugerimos a execução desta atividade em cerca de seis semanas, mas fica a critério da criatividade de cada professor(a):
  • Primeira semana: Revisão dos conceitos de ameaça, riscos, vulnerabilidades, resiliência e desastres, assim como de suas relações;
  • Segunda semana: Organização da coleta de dados para avaliar as ameaças e vulnerabilidades da escola;
  • Terceira semana: Análise de dados coletados em textos, mapas e tabelas;
  • Quarta semana: Aplicação de exercícios de álgebra e geometria para avaliação do risco na escola;
  • Quinta semana: Discussões, conclusões e sistematização dos resultados;
  • Sexta semana: Ideias de iniciativas práticas, para contribuir na diminuição dos riscos na escola e apresentação para a Com-VidAção.
  • Tempo total estimado: um mês e meio;
  • Periodicidade sugerida para novos resultados:Esta atividade não tem periodicidade. Oficinas com o conteúdo proposto podem ser realizadas a qualquer momento do calendário escolar, tanto na própria escola como em escolas da vizinhança.

8. Produtos

Divulgação dos resultados mais significativos:

  • Relatório ou registro audio-visual dos resultados ao longo do processo.
  • Mapeamento coletivo: croqui e uma tabela sintese consolidados incluindo a percepção de riscos da turma, por meio de foto ou scanner.

9. Ficha técnica

Proposta de atividade: Viviana Aguilar Muñoz, pesquisadora e bolsista do Cemaden.

Coordenação: Dra. Rachel Trajber, pesquisadora e coordenadora do Cemaden Educação.

Dra. Débora Olivato, pesquisadora e bolsista do projeto Cemaden Educação.

Colaboradores Cemaden:

  • Marlon da Silva, Victor Marchezini, Sheila Santana de Barros Brito, Rodolfo Moreda Mendes.

Colaboradores Externos:

  • Tatiana Mendes, Rogério Negri, Andressa Nalu, Wagner Kamiwada – Unesp/SJC-SP;
  • Prof. Daniel Messias dos Santos e estudantes – EEEM Monsenhor Ignácio Gióia, São Luiz do Paraitinga/SP.