Memória e percepção de riscos de ocorrência de desastres – São José dos Campos/SP
Atividade/ação desenvolvida
- Com base nas Jornadas Pedagógicas do CEdu
- A Terra Desliza
- História Oral
- Nossa Escola é Vunerável?
- Descrição
Os materiais das Jornadas Pedagógicas do CEMDEM utilizados como base das atividades desenvolvidas em sala foram:
1) Atividade: A terra desliza – Roteiro básico para entrevistas Memória e percepção de riscos de ocorrência de desastres.
2) Nossa Escola é Vulnerável? Tabela – Deslizamentos, terremotos, incêndio, seca, inundação e vendaval.
Quem participou da iniciativa:
- Estudantes do Ensino Fundamental - Quantidade: 32
- Pessoas da comunidade local - Quantidade: 32
Atividades desenvolvidas e principais resultados
A atividade foi realizada no 6 ano C da Escola Municipal Luzia Levina em São José dos Campos, sala que conta com muitos alunos de inclusão, com necessidades especiais e defesagem na aprendizagem. O objetivo da atividade foi promover a inclusão entre os alunos por meio da valorização da história oral, das memórias dos familiares dos estudantes em relação à desastres ambientais, buscando desenvolver a empatia e criar pontes de afinidade entre eles.
Como resultados tivemos a valorização os conhecimentos prévios de alunos, sobretudo daqueles que tem necessidades especiais. Eles puderam se solidarizar com histórias familiares relacionadas à enchentes desmoronamentos, vendavais, tempestades de raio, seca e chuvas fortes.
Conhecer um pouco da geografia do Vale do Paraíba e Litoral Norte por meio da histórias de viagens frustradas. Uma aluna relatou que não conseguiu retornar de Ubatuba devido a enchente em São Luís do Paraitinga. Outros reviveram memórias de infância, como o dia em que precisaram evacuar a creche devido a possibilidade de um alamento e desmoronamento.
Também houve a descoberta de várias histórias de migração, famílias que se mudaram para São José fugindo da seca no Nordeste. Dentre os relatos, um aluno que é dautônico relatou que sua família veio do interior do Piauí e já haviam enfretado mais de cem dias sem chuva.
O interesse deste aluno pela atividade nos levou a realização de uma segunda atividade. Nesta os alunos foram desafiados a elaborar uma legenda de riscos de desastres ambientais, onde precisavam escolher três cores: uma para grande ameaça, outra para pouca ameaça e a terceira para nenhuma ameaça.
A atividade foi fundamental para quebrar esteriótipos da sala em relação ao dautonismo, demonstrar uma pluralidade de formas de transformar alertas em cores, para além do esquema de semáforo (verde/amarelo/vermelho) valorizando a diversidade entre os alunos e abolir preconceitos. Nos anexos \\\”fotos da atividade\\\” é possível visualizar que não há uma divisão entre a forma como a pessoa dautônica interpreta os riscos e uma forma homogênea como os demais não dautônicos interpretam. Há uma diversidade de pontos de vista mesmo entre os alunos não dautônicos. Tornar este fato visual a partir da inspiração de uma atividade do CEMADEM deixou o debate sobre inclusão mais palpável para todos. Também alterou profundamente minha forma de dar aula, substituindo as legendas em cores por outros elementos de caracterização.
Também buscamos questionar o termo \\\”naturais\\\” dos desastres e desenvolver o senso crítico buscando compreender os fatores antrópicos responsaveis por intensificá-los. Debateu-se a relação entre o aquecimento global e a impermeabilização do solo urbano com os desastres relatados pelos alunos.
Sobre o termo de uso de imagens, os alunos assinam termo na escola no ato da matrícula.
Galeria de imagens
Foto 1
Alerta de Desastres Grupo 1
Foto 2
Alerta de Desastres Grupo 2
Foto 3
Alerta de Desastres Grupo 3
Foto 4
Relato pessoal e familiar sobre memórias em desastres
Foto 5
Entrevistas com familiares a partir de roteiro do CEMADEM