Atividades desenvolvidas e principais resultados

Os desastres naturais, que ocorrem em todo o mundo e afetam diferentes camadas sociais, exigem cidadãos conscientes e comprometidos. Por isso, é fundamental abordar essa temática em sala de aula, aproximando os alunos de suas realidades e incentivando-os a refletir, agir, mitigar e cobrar de representantes políticos ações mais efetivas para reduzir os riscos a desastres que impactam suas vidas e comunidades.

Nesse sentido, foram desenvolvidas oficinas pedagógicas em escolas, com o objetivo de identificar e mapear áreas sujeitas a inundações, alagamentos e deslizamentos em Santa Maria/RS com maquetes e mapas; utilizar o mapeamento participativo emocional com emojis para representar áreas sujeitas a alagamento e inundação, como estratégia didática de ensino de Geografia; discutir a percepção dos alunos sobre desastres naturais e conscientizá-los sobre o combate à disseminação de notícias falsas nesse contexto, sobretudo no Rio Grande do Sul (RS) em 2024.

Em relação as oficinas desenvolvidas, alguns alunos relataram já ter suas casas afetadas por inundações e alagamentos, e a maioria dos alunos já vivenciou processos de alagamentos. Os alunos ressaltaram também que nos morros de Santa Maria (Rebordo do Planalto) em dias de chuva tem mais risco de deslizamentos de terra, além de relatarem sobre alguns deslizamentos que viram nas estradas do município. Todas essas atividades, desenvolvidas entre 2022 e 2024, possibilitaram aos alunos uma participação ativa no processo de conhecer seus lugares, desenvolver o pensamento crítico, conscientizar-se sobre os riscos e as medidas de prevenção, além de conectar o conhecimento teórico à prática.

Diante dos desastres naturais ocorridos no RS em 2024, é fundamental desenvolver estratégias de educação para redução de riscos a desastres, com a Geografia desempenhando um papel central no processo de ensino e aprendizagem sobre esses eventos. Ao utilizar novas metodologias que dão voz e vez aos alunos para expressarem seus sentimentos em relação às suas vivências diárias, ultrapassamos o modelo tradicional de aula expositiva, no qual o aluno apenas ouve o professor, sem a oportunidade de se expressar.